domingo, 20 de julho de 2014

não vou procurar quem espero, se o que eu quero é navegar.

é à noite quando a cama está fria que sabes e sentes o melhor que poderias ser. é à noite quando a cama está fria, quando a cólera te embalada e a distância te acalma que ouves tudo o que ficou por dizer. e no desespero embrulhado em medo perdes a noção do tempo que não tens, perdes os abraços que seriam abrigos, abandonas crenças que já fizeram sentido e acreditas que a dissipação do agora será cortesia do amanhã. podes não ter certeza alguma, podes nunca vir a ter certeza alguma. podes não saber esclarecer-te em nada, podes não imaginar um futuro melhor. mas não dês licença a uma incerteza maior que a razão de estar vivo. e não há maior razão do que o privilégio. o privilégio da inelutável força que te incita o sonho. que te estimula os dias. que te resolve em verdade, que se apresenta em amor. | não vou procurar quem espero, se o que eu quero é navegar |

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