quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Imagem de fundo.

Na inconsciência de tudo, permanecemos intactos no decorrer dos momentos. A fragilidade que sentes perante o confronto que vos é exigido, está implicita em todas as histórias anteriormente escritas e que se revelam semelhantes ao que acontece agora. Não se trata de saber o que fazer ou não. O que é certo ou errado naquele momento. Trata-se de decidir o que queres sentir. E podes tu decidir isso? Saberias o que decidir se o pudesses fazer?
Vais ser sempre obrigado a manter a calma e a concentração, como em tudo na tua vida. Mas manter a concentração neste momento parece-te um desvio ao que é suposto acontecer. Não é suposto acontecer nada, mas talvez esteja a acontecer mais do que algum dos dois consegue imaginar. Muito possivelmente estão a partilhar o mesmo pensamento, muito provávelmente querem os dois dar um tiro certeiro e mostrarem-se capazes de avançar com a situação. Mostrarem-se aptos um ao outro, mostrar que conseguem a genuinidade, mostrar que podem ser o ideal.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

De nós.

Visualizo imagens tuas com vontade de sentir a realidade de ti mesmo. Sinto sede de conhecer quem é o representante de uma personagem que me apresentaste anteriormente. Agora tenho ao meu alcance o que queria ter há uns tempos atrás. Agora falo, sinto e penso como seria se estivesses aqui. Seria tudo igual ou tudo diferente. Seria o mesmo mundo ou outro paralelo a este. Seria uma temporada de histórias ou um desvio por páginas que não desfolhámos. Eu seria eu próprio, tu serias igual?
Um dia destes, enquanto eu estiver distraido e tu estiveres por perto, vais permitir-me percorrer os caminhos indirectos que me ligam a ti. Vou cheirar, sugar, saborear e conhecer intimamente o que de ti ainda me é desconhecido por inteiro. Vamos partilhar cores de um dia só nosso, a mensagem de uma música ou o suspiro de alguém no interior de cada um de nós.
É tudo uma hipótese que eu quero tornar numa certeza absoluta. Talvez eu venha a conhecer quem és. Talvez eu memorize o contorno subtil dos teus olhos. Talvez seja eu o receptor de uma mensagem transmitida por ti, num momento que não faz parte das vinte e quatro horas do nosso dia, mas que pertence apenas à subjectividade de um mundo que é de nós dois.