sexta-feira, 25 de outubro de 2013

que nunca estejas aqui.

Tenho medo que nunca estejas aqui. As vezes tenho o medo | de noite as vezes tenho o medo que nunca estejas aqui. E tenho o medo que nunca te saiba manter por aqui. Tenho o medo que nunca me ensines a preservar o que te faz querer estar aqui. Tenho isso tudo, tenho isso tudo quando de noite não há nada teu por perto. Cheiro. Toque. Calor. O sorriso que é o teu. Nunca houve, eu sei que nunca houve. Mas tenho o medo que nunca chegue a estar por aqui.

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

no decorrer de um abraço teu.

Abraça-me. Fá-lo agora, que o silêncio não me deixa dizer-te o quanto te procurei por onde te deixei partir. Abraça-me, agora. Porque agora ninguém nos observa. E "nós somos tão diferentes quando estamos sozinhos". Abraça-me, sem que eu perca a noção que poderá, eventualmente, ser finito & momentâneo. Tive sim, tive o medo de conhecer o que poderia encontrar em ti. O que poderia encontrar em ti que, mesmo "sem química inicial", mais tarde me poderia alimentar os dias e melhorar noites em que abraçar-te seria um desejo primordial. Abraça-me, abraça-me porque soltei o medo e deixei ficar tudo o que nos poderia fazer sorrir. Deixei que ficasse o que é nosso, o que não é mas poderá ser um dia, e até permiti que se mantivesse a constante sensação de poder perder tudo num segundo. E não há problema, é meu, teu e pertence-nos. Só por si merece uma oportunidade de ficar. Digo-te hoje ao ouvido: 'abraça-me, mas fá-lo agora. Porque agora acredito em consciência. Acredito Que tudo o que vivo é proporcional ao que eu mereço. Acredito Que se há algures algo à minha espera, prefiro arriscar ao invés de nunca partir por medo da possibilidade de ser uma viagem sem destino. Acredito Que se merecer viver algo, vivê-lo-ei no decorrer de um abraço teu. Abraça-me. Por favor, abraça-me agora.