segunda-feira, 25 de novembro de 2013

por tanto e igualmente por tão pouco.

percebes agora no teu reflexo o que deixaste perdido em mim. percebes que a insistência me trouxe para longe e que qualquer acção tua se traduz em medo de amar o que jamais pensaste amar. eu estou quando quiseres que eu esteja, apresento-me quando me introduzires em cena e interpreto o meu papel principal, sempre por ti e em ti. mas também sei quando ir embora. sei a ausência, conheço-a em sangue e por detrás da minha vontade de estar perto. sei de todas as vezes em que se torna necessário não querer estar. ver-te de longe numa sedução de olhares. sei olhar para ti e fazer-te querer. tanto quanto sei mostrar o quanto te quero em mim, sempre que precisares de acreditar em nós. sempre que precisares de acreditar que eu acredito no que sou e em quem consigo ser. nunca te vou querer inalterável, muito menos inofensivo, quando sei que isso me leva a perder o pouco que me encontro em ti. o pouco que me deixas sempre ter. o quanto quero desenvolver do pouco presente. o quanto se transforma quando o teu beijo se faz sentir na minha pele fria | aquecida por ti | destruída por nós | amada por tanto e igualmente por tão pouco | 

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