quinta-feira, 12 de março de 2015

o horizonte para além de nós mesmos

encontra-te. diante do hemisfério que te separa do mundo, encontra-te. antes de permitires a existência de uma estabilidade emocional com o todo envolvente, encontra-a em ti. dentro de ti. somente e tão simplesmente por ti e para ti. diz o clichê: aquilo que mais procuramos representa respectivamente o mais custoso de encontrar. a realidade torna-se explícita por assistirmos constantemente a uma procura incansável pela essência que há em nós. pela grande parte do tempo vivido se revelar como que uma investigação ao nosso mais íntimo em indagações a respeito do que somos e o que queremos um dia ser. não esperes por um porto seguro em alguém, se tu próprio não evidenciares um porto seguro em ti. todos ansiamos pelo momento em que podemos confiar fragilidades tão incondicionalmente como o laço que nos une ao Outro. contudo, deverá estar presente a necessidade de sabermos conviver em primeira instância com o pior que se inclui em nós. os outros não são, nem devem ser, como que um depósito de imperfeições com as quais não sabemos lidar aquando a solidão. ao invés disso deverão patentear um Ser capaz de demonstrar os seus mais voluptuosos instintos com a noção clara e precisa de que todos temos um lado menos bom. o horizonte para além de nós mesmos representa o Mundo. o grande passo para além do abismo deverá começar em nós.

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