quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

sophiademellobreynerandresen

'É-lhes longínquo o sol quando os consome. É-lhes longínqua a noite e a sua fome. É-lhes longínquo o próprio corpo e o traço, que deixam pela areia passo a passo.

Porque o calor do sol não os consome. Porque o frio da noite não os gela e nem sequer lhes dói a própria fome. É-lhes estranho até o próprio rasto. 

Nenhum jardim, nenhum olhar os prende. Intactos nas paisagens onde chegam só encontram o longe que se afasta. O apelo do silêncio que os arrasta, as aves estrangeiras que os trespassam e o seu corpo é só um nó frio. Em busca de mais mar e mais vazio.'


sophiademellobreynerandresen.

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