terça-feira, 18 de junho de 2013
há noites que são feitas dos meus braços.
"Há noites que são feitas dos meus braços
e um silêncio comum às violetas
e há sete luas, que são sete traços,
de sete noites que nunca foram feitas.
Há noites que levamos à cintura,
como um cinto de grandes borboletas.
Um risco a sangue na nossa carne escura,
de uma espada à bainha de um cometa.
Há noites que nos deixam para trás
enrolados no nosso desencanto.
Cisnes brancos que só são iguais
à mais longínqua onda do seu canto.
Há noites que nos levam para onde
o fantasma de nós fica mais perto:
e é sempre a nossa voz que nos responde
e só o nosso nome estava certo."
por Natália Correia.
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