segunda-feira, 1 de abril de 2013

aquelas que sangram mais.

Tento sempre que os dias pareçam dias e não memórias sufocantes de concretizações falhadas ou tentativas inúteis de me sentir um ser feliz. A maior verdade de todas reside no facto de nunca ser um desperdício. Todas as tentativas, falhadas ou não, correspondem a menos um obstáculo que me impede de chegar onde preciso. E dói. E custa. Às vezes mata. Por vezes mói. Mas nunca representa um momento neutro. Todos os corpos são feitos de peles rasgadas e cicatrizações rápidas de feridas que nos chegam como males menores. Mas são sempre aquelas que sangram mais. São sempre aquelas que tememos mais vezes. São sempre as mais profundas e as mais invisíveis. São constantemente sentidas, apenas por mim. Tormentas que nos aparecem em sonhos e em pesadelos. Pensamentos ditos inevitáveis que nos ocorrem num instante só.

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