sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Próximo nascer do sol.

Se de entre sete dias da semana, eu pudesse escolher um dia para não ser um dia meu, eu escolheria o dia de hoje. Ponderava entre todos os dias que estiveste presente, fisica ou mentalmente, mas o de hoje sairia "vencedor". Soltava-me desta agenda rotineira que me prende ao presente enrroscado em nós. Largava toda a minha individualidade para encorporar por vinte e quatro horas a individualidade de alguém que fosse o oposto daquilo que eu sou. Não trairia o meu próprio ser, deixava-o apenas repousar até eu voltar. Até voltar forte o suficiente para continuar a lidar com tudo como fiz até agora. Sei que é uma procura desesperada por alguma coisa que não tenho, sei tambem que é uma loucura melancólica com base em ideias peregrinas que nunca me deixem agir com naturalidade. Mas é aquilo que eu tenho para oferecer a alguém que quiser trocar comigo até ao próximo nascer do sol. Não quero viver uma vida que não é a minha. Só quero descansar de a viver por um tempo exacto e delineado por mim, até conseguir agarrar-lhe uma vez mais.

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