sexta-feira, 24 de maio de 2013

cemitério ardente da sua morte.

"Não podias ficar presa comigo à pequena dor que cada um de nós traz docemente pela mão. Tu não mereces esta cidade, não mereces esta roda de náusea em que giramos até à idiotia. Esta pequena morte e o seu minucioso e porco ritual, esta nossa razão absurda de ser. Não, tu és da cidade aventureira, da cidade onde o amor encontra as suas ruas e o cemitério ardente da sua morte. Tu és da cidade onde vives por um fio de puro acaso. Onde morres ou vives, não de asfixia mas às mãos de uma aventura de um comércio puro, sem a moeda falsa do bem e do mal. Nesta curva tão terna e lancinante que vai ser, que já é, o teu desaparecimento digo-te adeus e como um adolescente tropeço de ternura por ti." .O'Neill

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